sábado, 11 de dezembro de 2010

Aculturação Indígena no Século XVI


Os precursores da aculturação ocorrida no século XVI foram os religiosos e os colonos, no entanto pregavam objetivos opostos. Enquanto os religiosos lutavam pela cristianização dos índios os colonos queriam obter lucros através da exploração indígena.
            O método utilizado pelos jesuítas para a conversão ao cristianismo foi o catecismo. Ao introduzi-las perceberam que os adultos e idosos apresentavam uma resistência maior em comparação com as crianças. Este motivo levou os jesuítas a trabalharem prioritariamente com as crianças, para que então elas mesmas promovessem a conversão dos pais, ou ao menos criassem uma barreira à cultura de seus pais, procurando desta forma destruir o poder contido nos pajés. É importante frisar que o motivo da dificuldade encontrada pelos jesuítas em catequizar os mais velhos estava centrada pelo motivo que eles já possuíam uma cultura definida, e para aderirem ao cristianismo teriam que deixar todos seus princípios de lado, uma vez que as duas culturas eram estritamente diferentes.
            As tribos indígenas possuíam uma sociedade baseada na relação mutua entre eles, onde não havia a demarcação de terras (todos eram igualmente donos), sua economia era baseada na subsistência. Essas atitudes a olhos dos colonizadores eram atos de pessoas preguiçosas, consideravam um grande absurdo não guardarem dinheiro e bens para deixar de herança e seus filhos ou de mais parentes.
            O desfecho desta aculturação acabou com a morte de milhares de índios, resultado de conflitos diretos com os portugueses, ou resultado do contato com doenças vindas da Europa. Esse resultado não atendeu ao objetivo nem dos jesuítas, nem dos colonizadores, afinal depois de mortos eles não iriam se tornar católicos nem trabalhariam de escravos.
            Atualmente essas incompatibilidades contidas nas diferentes religiões estão se tornando mais pacíficas. As pessoas começaram a aceitar que não existe somente uma religião extremamente “correta”, e passam a compreender as demais, ou passam a compreender o direito de escolha das demais.

Um comentário:

  1. Parabéns pelo blog! Espero que ele se torne num produtivo espaço de interação. Um Feliz Natal e um excelente Ano Novo para você e sua família.

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